quinta-feira, dezembro 22, 2005

Lenovo contrata ex-executivo da Dell como CEO

Leia, antes entenda depois.

A unidade de PCs domésticos da IBM sempre deu prejuizo, desde 1998 que a empresa realizava "experiências", chegou a entrar e sair do mercado brasileiro cinco vezes, levando um prejuizo de quase US$ 1 bilhão. Quem lembra do Aptiva..que apitava muito quando parava de funcionar. Pensavam seus analistas que o Brasil era um pais único, esquecendo-se de suas 27 diferenças regionais. Finalmente em Abril de 2005 se livrou do mico, digo do micro, que dizer, da divisão de PCs.

Mesma sorte não teve a HP. Com a fusão em 2002 com a Compaq (escrevi um nota que não daria certo, pois haveria um choque brutal de duas culturas. A de Michael Capellas, CEO roqueiro da Compaq e Carly Fiorina, da HP) foram 15 mil demissões. O Conselho de Administração sempre quis se livrar também da unidade de PCs domésticos. Carly era uma pedra no sapato. Trombou tanto que foi convidada a sair, mais levou US$ 45 milhões de "resíduos trabalhistas" (na liguagem dos executivos é Bônus). Nova reestruturação em 2005. Mais 15 mil demitidos (no Brasil ficaram abaixo dos 10% dos 1 350 funcionários). Tenta a sorte com o PC PT (Computador Para Todos), Programa-de-Inclusão-Comercial-do-Governo-do-Nosso-Presidente. A Empresa tem lido meu brog, pois agora nos anuncios e de forma explicita, informa que o PC de R$ 999 é sem monitor, apesar dos asteriscos.

Agora a Lenovo tenta a mesma sorte para ver se emplaca as vendas pela internet, igual ao modelo DELL. A Dell sempre vendeu PCs pelo telefone e customizado. As outras não, sempre dependerão de canais de distribuição e varejo. A HP tentou vender de forma direta (inclusive por catálogo) em 2003 e provocou a ira dos canais. Resultado: foi abandonada e os canais para superaram as pequenas margens de lucro tivereram que montar PCs com marca própria (white box). Ficaram impressionados, pois passaram dos 12% de margem de lucro com PCs HPs para 30% e até 50% quando imbutiam junto Software Livre. Como os elefantes, as revendas não esqueceram do fato e nem os pobres dos usuários. Ou seriam os usuários pobres? Eufemisticamente taxados de "usuários de baixa renda".

Não entendo o porquê dos usuários que não são "economicamente viáveis", segundo as operadoras de telefonia, devem obrigatóriamente consumir produtos de segunda linha ou qualidade duvidosa.

Valei-me Santo Izidorio de Sevilha!

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